Uso do vinho e outros fermentados na gastronomia

O inverno começou, sendo o período ideal para a apreciação de um bom vinho. Mas, mais do que degustar esse famoso fermentado, entender sobre seu uso na gastronomia e saber harmonizá-lo com a comida é fundamental para que a experiência seja ainda mais agradável. Outras bebidas fermentadas como cerveja, espumante e hidromel também podem ser apreciadas inclusive durante a estação mais fria do ano.

Como explica a gestora do projeto Primórdios da Cozinha Mineira e consultora técnica em Pesquisa Gastronômica do Senac em Minas, Vani Pedrosa, é preciso entender o uso tradicional dessas bebidas e conhecer as novas possiblidades, visto que a fermentação é um dos principais motivos da evolução da humanidade na área alimentar. “O vinho começou a se tornar um produto nobre quando foi observado seu sabor diante do processo de envelhecimento e da ação das bactérias”, explica.

Além disso, com a produção dos fermentados de frutas em Minas Gerais, a gastronomia passa a um outro nível, o da ligação com a enologia, que é a ciência que trata do vinho, da técnica de produzi-lo e de sua conservação. Para os estabelecimentos mineiros, há o despertar dos usos antigos de outros fermentados à base de frutas diversas e também do mel, que é o primeiro fermentado do mundo.

Segundo a especialista, o Programa Primórdios, dentro do pilar das Bebidas, escolhe a fermentação como a base principal do uso das bebidas alcóolicas em Minas Gerais. Esse procedimento está presente na cultura mineira desde a colonização, com a chegada dos primeiros religiosos nas regiões auríferas. “Como não se tinha a uva, o hidromel, fermentado à base de mel, era produzido. Assim, o produto local substituía, nas celebrações, o vinho de uva usado nos conventos e mosteiros antigos na Europa”, conta.

Utilização na gastronomia

O uso das bebidas fermentadas na cozinha resulta em fonte de renda para os investidores, fomenta o turismo regional e proporciona drinks diferenciados com sabores especiais. “A fermentação preserva o sabor do produto local, então, se temos frutas inéditas, como a jabuticaba, por exemplo, conduzindo um processo que objetiva um fermentado de alta qualidade, temos um produto que só vai ser encontrado aqui, esclarece Vani.

Os fermentados de frutas podem entrar também em harmonizações junto a alimentos pouco convencionais, como sobremesas, entradas, em combinados de frutas e castanhas. Ao se pensar nas oportunidades para o profissional de gastronomia, é possível definir novas formas de desenvolver esses fermentados como coadjuvantes do fermentado principal, que é o vinho à base uva, afirma a especialista.

Para saber mais sobre esse tema, confira abaixo a íntegra do webinar “Uso do vinho e outros fermentados na gastronomia”.

 

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